Estou sólida como cortiça,
Firme como prego na areia,
Vem a danada preguiça
E a perna titubeia.
Preguiça quem não tem?
Mas trabalhar é preciso
Disfarço muito bem
Com a luz de um sorriso
Se tem pedra no caminho
Como já disse um poeta
Melhor parar e tirar
Para pular só mesmo um atleta.
Eu tiro a pedra que atrapalha
Obstáculo não me impede
Sou poeta que trabalha
E o que a vida me pede
O trabalho é um cinzel
Que constrói com tal arte
Como abelha no mel
Faz favos por toda parte
Lucinéia Magri